Saturday 9 February 2013
Duas Lousas
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Duas lousas par a par, cinzas de ido esplendor,
de musgo e sombra cobertas e ao abandono,
como duas folhas petrificadas no Outono,
eis o que resta do mais nobre e lindo amor.
Nem a hera que as cerca, tão copioso verdor,
de tal fado se condói, tez tíbia do sono.
Só o Tempo abutre e reles, maldito patrono,
medra ao redor, como em ruínas medra a dor.
Duas lousas, nada mais, jazem no esquecimento.
Há muito se finaram vozes de lamento,
versos de amor eterno rolam pelo chão.
Duas pedras com nome, duas ermas, tristes lousas,
eis ao que se resume o mistério das cousas,
tudo o mais é utopia, é sonho, é ilusão.
(Luís R Santos)
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E se a fria pedra guarda
ReplyDeleteo que à terra a morte devolveu
na memória vive eterno
esse amor que não morreu.
Obrigada, Luís Santos. Pelo poema, obviamente, e pelas palavras que dedicou aos meus escritos.
Um abraço
Estimado poeta,
ReplyDeletedo que li aqui, aliado ao que de si já conhecia do Luso-Poemas (site onde ambos temos obra publicada, e onde, pese embora não publicar por lá há muito tempo, vou e dedico a maior atenção), fica-me a ideia de que estou perante um blog promissor ao qual desejo as maiores venturas.
gosto do que escreve, caríssimo Luís Santos.
gratíssima pela partilha.
Poeta Luís, que surpresas agradáveis:
ReplyDeletereceber a sua visita no meu blogue e encontrar aqui o seu espaço, onde posso usufruir do seu talento, que tão bem conheço e admiro. Muito obrigada, estou verdadeiramente encantada!
Uma boa semana para si.
Duas pedras, de duas vidas
ReplyDeleteDe duas Almas, de dois amores…
Agora, pedras frias esquecidas
A ilusão que tudo é eterna, nunca é…
Ou será?
Gostei muito, do poema e da tua escrita.
Beijo
Há mistérios que se resumem a pouca coisa...
ReplyDeleteExcelente soneto, gostei imenso.
Caro amigo, tem um bom fim de semana.
Abraço.
Tudo é efémero... contudo, nas lousas, o mistério perdura e torna-o vivente.
ReplyDeleteUm excelente soneto, Luís.
Grata pelas suas palavras.
Um abraço e uma flor